PDF ou ePub quais são as diferenças?

epub-e-pdf-diferencas01 Desde que estou publicando e editoriando ebooks em PDF venho sendo questionado a respeito sobre o formato ePub para visualizações em dispositivos móveis com melhora no desempenho e leiturabilidade. Sei dos desagrados dos usuários em relação ao ePub com relação às imagens serem de baixa qualidade e/ou baixo desempenho. Sendo assim a preferência ainda pelo formato universal PDF, mas entendo que os leitores irão logo migrar para o formato ePub por diversas razões que vou exemplificar mais abaixo no artigo que compilei do blog “simplíssimo”:

O Formato ePub: Por Onde Começar?

Das poucas unanimidades que ouvi no Congresso do Livro Digital, uma delas foi sobre o uso do ePub. De ScrollMotion a Barnes & Noble, do IDPF à Saraiva, todos afirmaram e reafirmaram que o ePub é o padrão e veio para ficar.

Ato contínuo, assisti surgir uma nova unanimidade. Para um grande número de editores, o ePub foi uma tremenda novidade. A tal ponto, que alguém da platéia perguntou, durante a palestra de Michael Smith, presidente do IDPF, qual a origem do formato ePub. A pergunta ilustra o enorme salto que deve ser dado pelos editores no Brasil: sair do desconhecimento generalizado, para a adoção maciça, em um curto espaço de tempo. Adotar o formato ePub será indispensável para qualquer editora com prentensões sérias no mercado.

O básico sobre ePub

Trata-se de um padrão internacional para e-books, livre e aberto, organizado por um consórcio de empresas chamado IDPF – International Digital Publishing Forum. Encabeçam o IDPF empresas como Sony, Adobe, Microsoft, entre várias outras.

epub-e-pdf-diferencas04 O ePub é um arquivo produzido em XHTML, basicamente os mesmos códigos usados por uma página simples da Internet (HTML), acompanhado de uma folha de estilos .css para o controle do design e da diagramação. Imagens e fotos são embaladas, junto com o conteúdo – um arquivo para cada capítulo, em um arquivo com extensão .ePub. Essa extensão é reconhecida pelo computador, também, como um arquivo compactado.

Ou seja, o ePub é feito de tecnologias e linguagens já dominadas pelas pessoas. Como disse o Sérgio da DM9DDB durante o Congresso do Livro Digital, o editor que quiser criar livros em ePub só precisa contratar um programador de HTML4, que ele saberá perfeitamente como criar livros em ePub. A afirmação do Sérgio está correta!

A adoção do formato ePub, internacionalmente, decorre de duas necessidades básicas. A primeira, estabelecer um padrão aberto para os e-books, que não pague royalties para nenhuma empresa e possa ser aperfeiçoado ao longo do tempo, à medida que o mercado evolui. A segunda, bastante prática, é permitir que o livro possa ser lido pela maior quantidade de aparelhos e programas possíveis, usando apenas um formato, para economizar tempo e dinheiro através de toda a cadeia de produção de e-books. Por isso, a escolha da linguagem XHTML e a simplicidade do formato ePub foram decisões refletidas, que visaram facilitar a adoção e o emprego do formato sem maiores dificuldades e investimentos.

Um livro feito em ePub permite que a leitura seja uma experiência boa em qualquer tipo de tela, independente do tamanho, ou do sistema. Pode-se aumentar ou reduzir o tamanho da fonte, alargar ou diminuir o tamanho da página. Com isso, é possível ler o mesmo e-book, o mesmo arquivo, em vários aparelhos, tanto faz se a leitura é no celular, no iPhone, no Sony Reader ou no PC. O texto é redimensionado automaticamente para o tamanho da tela.

Indo um passo além:
vantagens e produção

Há uma enorme vantagem operacional para os editores, que adotam o formato ePub. Um arquivo ePub é escrito em XML. Essa é a linguagem do futuro. Conteúdos escritos podem ser facilmente convertidos por ferramentas automáticas, quando estão marcados na linguagem XML. Simplificando bastante, o XML permite classificar cada trecho de um texto com um determinado rótulo. Hoje isso pode parecer pouco importante. Daqui alguns anos, porém, com o progresso da Internet e o surgimento do que os pesquisadores chamam de “Web Semântica“, esse tipo de classificação será extremamente útil para relacionar, linkar e gerar novos conteúdos online. Ter seus livros, desde já, em XML, representa uma vantagem competitiva e uma economia considerável em investimentos, alguns anos a frente.

LIVRO EM EPUB ABERTO NO IPHONE, ATRAVÉS DO APP STANZA

O MESMO LIVRO EM EPUB, VISTO NO SONY READER. O TEXTO REDIMENSIONÁVEL PERMITE A LEITURA EM VÁRIOS APARELHOS, MESMO COM TAMANHOS DIFERENTES

Alguém irá fazer a objeção de que publicar e-books apenas em PDF é possível. Sim, é claro que é possível. Mas a flexibilidade para criar e distribuir conteúdo, no PDF, é muito menor. A leitura só fica boa, e olhe lá, em alguns computadores. E mesmo assim, a experiência de leitura é fraca, já que é necessário o scrolling constante da tela, tanto na horizontal, quanto na vertical. Para efeitos de cognição, a leitura deve ter a menor distração possível. Além disso, os leitores não são bobos. Eles sabem como é fácil criar um PDF, e publicar somente um PDF indiscutivelmente derruba o valor intrínseco do e-book. Afinal, com um PDF o editor está oferecendo só o basicão.

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Transformar para ePub um PDF, InDesign, Quark Xpress, Word e outros, não é tarefa fácil. Existem ferramentas que transformam PDF’s e documentos automaticamente em ePub, das quais a melhor e mais conhecida delas é o Calibre, um programa gratuito. Para um nível profissional de produção do ePub, o Calibre é insuficiente. Quem espera vender e-books, precisa investir em aprendizagem, treinamento e testes, muitos testes. Aqui na Simplíssimo, estamos prontos para oferecer serviços de conversão de qualidade aos editores brasileiros, aplicando, na prática, o que parece ser apenas teoria.

A produção de um e-book em ePub demanda o conhecimento dos padrões do ePub, ferramentas adequadas para a produção (embora, teoricamente, qualquer editor de HTML possa ser utilizado), um ambiente de teste da qualidade final dos arquivos produzidos e – fundamental – a utilização inteligente das tags de classificação do livro, os metadados, que substituem no mundo eletrônico a velha ficha catalográfica. Mais importante ainda do que o formato ePub em si, o editor precisa estar muito atento à qualidade dos metadados agregados ao seu e-book. É através deles que os buscadores (Google, etc) e os sistemas das livrarias online localizarão o livro. Considerando que a maior parte das vendas online de e-books ocorrem através de buscas, a precisão e o fornecimento correto dos metadados são críticos para a venda – ou não – de um e-book.

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Abraços e até a próxima,

NillDumont

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